segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Caça sonhos!

Do que interessa os nossos actos se não nos deixar de consciência tranquila? Do que interessa os nossos actos se magoamos os que mais amamos? O que interessa é a leveza com que a nossa cabeça encosta à almofada durante a noite tendo a certeza de que agimos bem invés de provocar lágrimas e mágoas aqueles que mais queremos bem. Do que adianta? 

O que interessa é conseguirmos fazer a diferença daqueles que um dia magoaram quem nós amamos, e não agir de igual forma. Eu chamo-lhe de magia, algo que nem todos conseguem. Algo tão raro. 

Eu não quero. Eu não quero esta verdade. Eu não quero que isto seja verdade. Talvez isto seja um pesadelo e esteja quase, dentro de momentos, a acordar para a realidade. Tragam-me sonhos bons, não pesadelos. 

domingo, 15 de novembro de 2015

Ser Emigrante!

Imagino o quanto seja difícil deixar-mos aqueles que mais ama-mos para tentar uma vida melhor. Tentar uma vida em que sejamos valorizados mais no nosso trabalho, mesmo que as condições por vezes não sejam as melhores. Imagino o quanto seja difícil pôr uma mala às costas e sair porta fora repetindo mentalmente "isto é o melhor para mim", mesmo dizendo-o com o coração despedaçado. 

O quanto é difícil deixarmos a nossa zona de conforto, as nossas raízes, as pessoas da nossa vida e todos aqueles que de uma maneira ou de outra nos fizeram as pessoas que somos hoje. Imagino o quanto é dificil largar tudo, mas mesmo de coração cheio, irem! Imagino a aventura que é de estar num local novo, conhecerem coisas e pessoas novas, mas sentirem-se sozinhos e atormentados pelas lembranças e a saudade que só teme em aumentar a cada hora, dia que passa. O tempo parece que demora a passar para podermos voltar a estar com os "nossos" não é? E parece voar assim que acontece.

Mas eu sei. Eu sei o quanto é difícil ver partir os que mais ama-mos, aqueles que nos marcam, aqueles que muitas vezes nos levantaram do chão, aqueles que sorriam e choravam comigo. Eu sei o que é ver os dias passar até chegar o momento de os voltar a ver, abraçar! Eu sei o que é sentir a sufocar, atormentada por lágrimas e lembranças de algo que virou de rotina a tempos a tempos, talvez anos. Eu sei o que é habituarmos-nos a pessoas e de um momento para o outro a vida pregar-nos estas partidas e ficar só as lembranças. Eu sei. 

E por isso, digo:

Aos meus amigos emigrantes, família e todos os outros que tiveram de abandonar o seu país eu aplaudo de pé! Pois tiveram a coragem de por uma mala às costas em busca de uma vida melhor apesar das circunstâncias. Porque para lutar temos de ser guerreiros e acima de tudo nunca perder a esperança mas sim sermos e sentirmos-nos cada vez mais fortes. 

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

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"Sou daquelas que diz que não mesmo querendo dizer "sim, sim, sim por favor!". Sou daquelas que finge desapego para esconder sentimentos, ao mesmo tempo que entrega o jogo com um olhar assustado que tenta se fazer de desinteressada. Sou daquelas que nega estar apaixonada, mas fala tanto dele que faz as amigas se fartarem. Sou daquelas que ri do sentimentalismo, mas que é cheia de sentimentos. Sou daquelas que se ri para mostrar força, para mostrar que estou bem, que segui em frente facilmente, mas que por dentro continuam destroçadas. Que bagunçam, machucam, confundem. E quando fica insuportável, transbordam. Derrubam tudo pelo chão. "

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

A vida é

"A vida é apenas isto: um encadeamento de acasos bons e maus, encadeamento sem lógica, nem razão; é preciso a gente olhá-la de frente com coragem e pensar, mas sem desfalecimentos, que a nossa hora há-de vir, que a gente há-de ter um dia em que há-de poder dormir, e não ouvir, não ver, não compreender nada."

sexta-feira, 3 de julho de 2015

O mundo!

https://www.youtube.com/watch?v=NTNp1IbNLzA

Sinto-me tão pequena neste mundo grandioso de nada. Grande de tamanho mas tão pequeno em amor. Grande de tantas pessoas nele existirem, e pequeno de todas elas serem vazias, apenas roupas flutuantes. Estarei eu no mundo correto? Que mundo tão cruel. Um mundo cheio de egoísmo, orgulho e revolta. Cheio de vingança uns para com os outros. Onde está o abraço? O almoço/ jantar partilhado? Os sorrisos oferecidos e o não ao abandono? Onde está mencionado que o direito à vida é apenas para algum? Onde está essa lei racista? Porque todos pensam que se fossem ricos iriam viajar, comprar um bom carro, uma boa casa com piscina? Porque ninguém pensa que se fosse rico iria, sem pensar duas vezes, ajudar aqueles pobres animais que foram acabados de ser abandonados no outro lado da estrada? Comprar uma refeição para oferecer ao sem-abrigo que está em frente ao supermercado a pedir dinheiro para comer? Ajudar as crianças que andam a morrer sem vacinas e cuidados de saúde? Ajudar as milhões de famílias que perderam a casa em catástrofes naturais? Oferecer os sapatos velhos que se tem lá em casa ao mendigo que anda descalço pela praça? ... poderia ficar aqui a mencionar tantos e tantos casos. Sinto-me um navio sem água, um pássaro sem céu.

Quando haverá amor no mundo? 

terça-feira, 30 de junho de 2015

Promessas perdidas

"Deixo-te esta carta com aquilo que não tenho coragem de te dizer na cara.
Porque esses teus olhos têm sempre um jeito de me fazer sentir em casa e o que eu pretendo é sair da tua vida. Ainda me lembro da maneira como tu fizeste as coisas para me conhecer. Eu na minha maneira de estar “longe do mundo” e tu a tentares descobrir que nome escondia eu para me encontrares numa rede social. Até que encontraste mesmo e meteste conversa comigo. Consigo lembrar-me das vezes que te dei para trás e da maneira como dizias sempre “ Vais ser difícil, gosto disso.” Não, nem era essa a razão, era o meu escudo. Só para que saibas. Lembro-me de como ficamos amigos rapidamente e pouco tempo depois conquistaste o meu coração. Preocupavas-te comigo e sabias, pelo pouco que me conhecias, o que eu precisava.
Sempre te disse que era muito dona do meu nariz e havia daquele que quisesse mudar isso. A lei aqui é nunca depender de ninguém, nem da vida. E tu sorrias, e dizias que era esse o motivo de te teres apaixonado por mim, que amavas o meu jeito de ser e de levar a vida e para nunca me esquecer disso, pois era das melhores coisas que tinha. E eu sorria contigo, perdida no teu sorriso, a achar que estavas a dizer essas coisas só por dizer. E fomos indo, cada dia que passava aumentavas a tua maneira de ser para comigo e foi aí que me apaixonei pelo teu jeito. Tempo depois fomos-nos juntando mais, mas a cada dia que passava perdia-se a essência, perdíamos a cada dia que passava um pouco de nós dois mesmo não tendo muito.
E foi aí que tudo mudou. Passaste a esquecer-te da maneira de ser, dizias só “bom dia amor” sem o “dormiste bem?!” habitual. Esqueceste-te de mencionar que me amavas todos os dias. Nem sempre tinhas tempo para os dois e pouco ou nada estávamos como antes. Foste-te perdendo no tempo e esquecendo que só ir falando e não alimentar o amor, ele não cresce. Mas sabes o que mais me custa? Tomaste me por garantida. E logo eu que tentava conquistar-te todos os dias…
E escrevo isto para te dizer que não posso estar mais assim, cada pessoa é digna de ser o AMOR de alguém. Já não vivo de paixonetas, sabes?! Vou ficar por onde estava, e onde tu me encontraste, não sei se vou ficar melhor ou pior mas há coisas pelas quais ninguém merece passar. Sabes aquele beijo que te pedi ontem à noite para vires dar-me? Foi uma hipótese que estava a dar ao nosso relacionamento. E adivinha? Não vieste.
E só mais uma coisa, Eu não me esqueci que amavas este meu jeito, quem se esqueceu foste tu e esqueceste assim que eu comecei a amar o teu …
Espero que sejas feliz."

sábado, 27 de junho de 2015

As pessoas e o mundo

As pessoas são todas iguais. Sempre serão. Dá-me raiva, nojo, ódio de não ver ninguém que faça a diferença. Tudo finge ser o que não é, até à oportunidade que têm para te mandar merdas à cara, culpar. Todos querem para ontem, aquilo que se tem que lutar e cultivar com o tempo. Se não são capazes de cultivar então não plantem (isso sim é gozar com as pessoas e com os sentimentos delas).

As pessoas não te entendem, não entendem nem vêm o que fazes por elas, o quanto valorizas, o amor que dás, só procuram defeitos e mais defeitos e à primeira caem-te em cima, dizem-te merdas e fazem-te sentir culpada.

Do que adianta lutar por alguém, fazer os possíveis e impossíveis por alguém se depois vais ser julgada? Se depois essas pessoas que diziam que não te vão abandonar, são as primeiras a fazê-lo? 

Estou farta de pessoas que querem algo sem dar o devido tempo, sem lutar para isso, sem deixar crescer o que plantam e que depois ainda te criticam por não controlares o teu coração? A merda dos teus sentimentos? Estou farta de pessoas vazias!