quarta-feira, 30 de julho de 2014

Sobre o amor

"Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue;outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho...o de mais nada fazer." 

Clarice Lispector

terça-feira, 22 de julho de 2014

A morte do Pantufa

Eras tão indefeso quando te vi pela primeira vez, em cima daquele telhado! Eras um gatinho lindo e maravilhoso, cheio de medo deste mundo. Todos os dias subia a um escadote para te deixar comida e tentar aproximar-me de ti e mostrar-te que não te iria fazer mal. Foste crescendo e já descias do telhado e andavas por lá, de telhado em telhado sempre a ver o que se passava em teu redor. De noite já ias a minha casa quando todos estivessem a dormir roubar a comida dos meus gatos. Começas-te te a aproximar. Eu chegava a casa e lá estavas tu à minha espera e quando me vias só miavas e dançavas. Enrolavas-te nas minhas pernas à medida que eu fosse a andar mas quando me baixava para te poder tocar tu fugias. Uma coisa de cada vez. À medida que o tempo passava foste-te tornando mais presente. Ainda me lembro de quando ia ao café à noite a pé e tu ias comigo e esperavas que eu fosse para casa. Fizesse chuva ou frio estavas sempre lá. E aquelas vezes que eu tinha medo que viesses para a estrada e que eu punha-me a correr para não veres para onde eu ia? Pois era, encontravas-me sempre e depois lá ia eu a voltar outra vez para casa para tu ires comigo e esperar uma altura em que estivesses entretido para eu sair outra vez. Eras um gato grande, lindo e cheio de vida. E quando te metias à porta do vizinho para te dar queijo e fiambre ah ah ah lembro-me tão bem. Contigo estava sempre com um sorriso, os dias maus pareciam muito melhores quando te via.  Enfim... Mas os humanos não são todos bons e nem todos têm boas intenções. Apareces-te depois de estares desaparecido dois dias, meio deformado, porque te tinham batido. Ficas-te sempre em minha casa lá no tapete da entrada da cozinha a dormir, punha lá leite com fortificante e dava-te o antibiótico. Mas foi tudo em vão. Foi nos poucos dias que permaneces-te na minha casa que me mostras-te que estavas agradecido por tudo o que fiz por ti, pelas subidas ao escadote a meio da noite quando eras pequeno para não passares fome, pelas horas à chuva debaixo de um chapéu em cima do telhado para não te molhares. Valorizas-te tudo isso. Nos teus poucos dias de vida mostras-te que confiavas em mim, dava-te festas e ainda ganhavas forças para ronronar, feliz por estar a receber carinhos para esqueceres um pouco a dor. E de um momento para o outro, lá estava o teu corpinho, ainda quente, parado. Tinhas ido para um sitio melhor e já não tinhas dores. Não sabes um quanto me custou. O meu coração quebrou, parou completamente, ficou meio vazio. Só me resta as lágrimas. Só me resta a saudade. Só me resta as recordações.


"Pantufinha está na hora de irmos ao café"

sexta-feira, 18 de julho de 2014

O tempo não pára

"Eu sei, que a vida tem pressa, que tudo aconteça sem que a gente peça. Eu sei que o tempo não pára, tempo é uma coisa rara, e a gente só repara quando ele já passou. Não sei se andei de pressa de mais, mas sei que algum sorriso perdi, vou pedir ao tempo que me dê mais tempo para estar aqui."

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Bom dia!

“Eu só vim lhe desejar um dia lindo. Com flores pelos caminhos que você percorrer. Com gente feliz ao seu redor. Com chuvas de sorrisos e de olhares que vem da alma. Não importa se grandes notícias não virão hoje. Que também não venham as más. Que seu dia seja de paz. Que você esteja em paz. E que você olhe os problemas de cima, e as pessoas que você convive, com olho no olho. Que as palavras do dia sejam ‘leveza’, ‘doçura’, ‘calmaria’, ‘tranquilidade’. E que suas próximas horas sejam carregadas de pensamentos positivos e muita paz no coração. Só vim te desejar um ótimo dia. Colorido e florido.” -Caio Fernando Abreu

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Charles Bukowski

"O problema do mundo de hoje é que as pessoas inteligentes estão cheias de dúvidas, e as pessoas idiotas estão cheias de certezas..."

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Resumo: "As pessoas felizem lêem e bebem café"

Como prometi, vou fazer um pequeno resumo do livro que chamou a atenção nestes dois dias. Confesso que me caíram umas lágrimas mas também me ri muito, é sem duvida deslumbrante e aconselho-o embora o final tenha sido um pouco confuso. Então foi assim:

Diane perdeu a sua familia (filha e marido) num acidente com um camião. Revoltou-se muito com ela própria, com a família, amigos, etc. Basicamente ficou sem reacção durante um ano, deixou de trabalhar, de sair,, etc. Quem tomava conta dela era o seu melhor amigo "Félix". Estava sempre "encafuado" em casa dela para a apoiar e ajudar a sair do buraco em que vivia. Depois de algum tempo de "Félix" tentar com que esta saísse dali e fossem de férias os dois, esta por sua vez, decidiu que queria ir viver uns tempos para a Irlanda. Foi para uma pequena terra que escolheu ao acaso no globo terrestre na zona da Irlanda chamada Mulranny. Quando chegou todos a tratavam bem mas continuava a isolar-se. Passado uns tempos após se ter mudado conheceu os seus vizinho "Abby e jack" e depois o sobrinho deles "Edward" que era muito brusco nas palavras e antipático derivado ao seu passado. Com os tempos a "Diane" foi quebrando a pedra de gelo que havia em "Edward" e apaixonou-se por ele e ele por ela.Quando tudo parecia correr ás mil maravilhas quem é que aparece? A estúpida da ex-namorada do "Edward" que o traíra, quando estes andavam,  com um amigo dele. Ela era uma pessoa cínica, convencida, provocadora e acima de tudo muito cabra. Começou-se a fazer de santinha a fingir que tinha mudado mas por trás tratava super mal a "Diane" e depois à frente do "Edward" já era uma falsa a fingir que tinha sentimentos. Conclusão: Elas andaram atrás dele e o "Edward" escolheu a "Diane" e que queria ter algo com ela. Esta virou-se para ele e disse que não o amava ainda da forma como queria e que primeiro tinha de estar bem com ela própria e que ia voltar para a cidade dela (Paris). Ele ficou destroçado claro. "Diane" avisou de imediato o seu amigo "felix" que iria voltar e que queria gerir o "As Pessoas" , um estabelecimento, queria voltar a trabalhar. E assim foi. e tinha uma placa cá fora do estabelecimento a dizer "As pessoas felizes lêem e bebem café" e o livro acaba a dizer "As pessoas felizes..." e acaba a história talvez saibamos o final no filme.

E isto foi uma história muito resumidinha claro porque o livro tem 200 e tal páginas cheio de coisas fantásticas e tudo ao pormenor e muito bem explicado. Aconselho! Com isto despeço-me. :)

Boa Noite
Como é que se esquece alguém que se ama?
Como se esquece alguém que se precisa para o dia-a-dia e de repente desaparece e vira apenas pedaçinhos de estrelas?
As pessoas têm de morrer, os amores têm de acabar e a vida tem de seguir. É preciso aguentar mas torna-se tão difícil. A saudade é uma dor que nos fere tanto. Dizem-nos para esquecer, para ocupar o tempo a trabalhar, para estar com os amigos e para sorrir mas quanto mais fugimos mais teremos de enfrentar. Fica tudo à nossa espera. Acumula-se tudo na alma, fica tudo desarrumado. O esquecimento não tem arte. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, deixá-lo lembrar as lembranças na esperança que algum dia se canse de lembrar.

"As Pessoas felizes lêem e bebem café"

Ando a ler este livro e confesso que é deveras viciante. Mas tenho de o ir lendo porque se deixo passar um tempo perco o interesse. A capa chamou-me muito à atenção, está simples e tem os detalhes que se encontra na história desde o café ao cigarro e até a aliança escondidinha lá no dedo. Comprei-o ontem e já vou a mais de metade do livro. Enfim, quando o acabar de ler faço aqui um resuminho.


quarta-feira, 2 de julho de 2014

Fernando Pessoa


"Matar um sonho é matarmo-nos. É mutilar a nossa alma. O sonho é o que temos realmente nosso, de impenetravelmente e de inexpugnavelmente nosso."