quinta-feira, 28 de maio de 2015

Não Prometas

Não prometas que ficarás a meu lado até ao teu último fôlego.
Não prometas que me amarás para sempre.
Não prometas que vais estar sempre a meu lado, mesmo quando eu não merecer.
Não prometas que nunca me magoarás.
Não prometas que nunca me abandonarás.
Não prometas que nunca te irás fartar de mim.
Não prometas que iremos viajar um dia juntos e conhecer outros sítios.
Não prometas que teremos a nossa casa.
Não prometas que serei a única na tua vida.
Não prometas que me levarás ao altar.
Não prometas que teremos os filhos mais lindos do mundo juntos.
Não prometas que me farás sempre rir quando a minha vontade for chorar.
Não prometas que resolveremos todos os problemas juntos.
Não prometas que serei, todos os dias, o teu primeiro e último pensamento.
Não prometas que farás o jantar quando chegar a casa.
Não prometas que passaremos o Natal juntos.
Não prometas que amanhã iremos comer um gelado juntos ou beber café.
Não prometas que me abraçarás sempre que poderes.
Não prometas que terás sempre tempo para me arrancar um beijo.
Não prometas que virás-me buscar a casa quando saíres do trabalho.
Não prometas que irás ter comigo quando eu não encontrar forças para sair dali.
Não prometas que sentirás saudades minhas.
Não prometas que me levarás a jantar logo ao meu restaurante preferido.
Não prometas o mundo, o teu mundo.
Não prometas as estrelas, quando nem o sol podes dar.
Não prometas que serei a tua esposa, a mulher da tua vida.
Não prometas que teremos um cãozinho na nossa casa.
Não prometas que me irás deixar escolher as cores das paredes da nossa casa.
Não prometas amar-me com todo o teu coração.
Não prometas ficar comigo para o resto da tua vida até for-mos velhinhos.
Não prometas que serás a primeira pessoa que irei ver todas as manhãs.
Não prometas promessas que não irás cumprir.
Não me prometas o teu coração.
Não me prometas nada.


Promete-me tudo isto!


*


quarta-feira, 27 de maio de 2015

A última conversa.

Há tanto que gostava de poder dizer-te e hoje decidi escrevê-lo porque caso contrário se contenho mais, vou explodir. Fecha os olhos e recua no tempo. Lembras-te da primeira vez que falámos?  Eu lembro-me. Foi muito estranho, parecia que estávamos a tentar nos evitar, a tentar fugir de algo que lá no fundo queríamos.

Fecha os olhos e recua no tempo. Lembras-te da primeira vez que nos beijámos? Eu lembro-me. Se fechar os olhos bem fundo, quase que consigo ouvir as nossas respirações bem aceleradas e o som do telemóvel a tocar em cima da mesa da cozinha.

Mas se eu voltar a tornar a fechar os olhos com bastante força ainda consigo sentir o teu perfume daquela noite, consigo sentir eu a tocar-te na tua camisola azul escura ás riscas brancas e vermelhas, consigo ouvir o teu gato no quarto e senti-lo a olhar para nós. Sinto os teus braços a confortarem-me e os teus beijos e carinhos.

Tenho vontade de te voltar a conhecer. De ficarmos perdidos nas horas a ver a série do "sobrenatural" entretidos em abraços e beijos, e no final perdermos sempre uma parte da série. Sinto-me bipolar. Numas horas sinto raiva de ti, como noutras sinto saudades horríveis de ti. Que me esmagam o coração, que me apertam, que me sufocam. O estrago que fizes-te foi enorme, nunca te deveria ter deixado entrar na minha vida. Foste aquele terramoto do Nepal que devastou tudo o que eu tinha de mais bonito em mim. Estou bem quando não te lembro, quando não penso nas nossas memórias, momentos, conversas.

Só queria que o tempo voltá-se atrás para poder-te ter dito isto abertamente com a condição que a tua resposta fosse a mesma que nos meus sonhos: "também tive saudades tuas". Já passou mais tempo do que o que eu gostava, e mesmo assim ainda te trago comigo. Acredito que para ti sou o passado e que fui mais uma pessoa na tua lista, mas eu preciso de fazer o meu luto, esquecer-me de ti, esquecer-me dos nossos momentos, das tuas palavras, dos teus beijos, esquecer o quanto me querias e quanto não me querias deixar ir embora.

Confesso que imaginei castelos, quando na verdade não passava de uma simples casa de madeira à beira mar. Não fui honesta contigo nem com quem me rodeava, secalhar nem comigo fui honesta, ou então nunca teria chegado a este ponto de sufoco.

É ridícula a forma em como continuas presente na minha mente depois de tudo, como sou constantemente "assombrada" por momentos que vivemos juntos. E tenho tantas saudades tuas, porra! Não me consigo esquecer daquele noite em que me olhas-te para mim completamente bêbedo e que disses-te: "Eu amo-te e vou dizer isso ao teu pai e a todos." Como eu queria ter-te beijado mas fiquei danada contigo. Queria-te (e quero-te?) tanto! Mas tive tanto medo. Ignorar-te era cada vez mais difícil e eu estava a deixar escapar tanta coisa que eu realmente queria viver. O teu beijo era a forma de acabar com o meu inverno gelado.

Rio-me de mim ao lembrar-me das tuas mensagens, em que dizias que davas tudo para estar comigo e agora nem és capaz de me cumprimentar quase ou ter uma conversa comigo. Se soubesses como isso me magoa. Como passamos de íntimos a totalmente desconhecidos tão rápido? Acho que nunca te entendi e mesmo assim continuo aqui, a sentir a tua falta.

Já não posso desabafar com mais ninguém, porque simplesmente disse que estou bem. Que já tinha passado e que me estava a cagar completamente para ti e para a tua vida. Mas não estou. Eu não sei o que quero, nem que "merda" é que provocas-te em mim, mas hoje será a ultima vez. Hoje morreste-me, e eu não quero mais lembrar de ti.


segunda-feira, 25 de maio de 2015

Lágrimas de papel

São fronteiras que nos distanciam. São muros enormes que nos impedem de atravessar. Impedem-nos de reviver tantas coisas que já vivemos. É saudade, é amor, daquilo que fomos juntos. São lágrimas de papel em que nelas estão escritas todas as palavras trocadas. São memórias no meu coração que a cada dia que passa me vai arrancando mais um bocado, que me vai doendo cada vez mais. São estas memórias que insistem em ficar a apoderarem-se de mim, do meu coração, cada vez mais, a cada minuto, cada segundo. Todos os dias recordo-me de ti, lugares onde estivemos, conversas trocadas. Isso lembra-me o que não quero lembrar. Lembro-me de tudo, tudo aquilo que tento esquecer à meses. O tempo continua a passar, todos dizem que tudo passa com o tempo. Mas quanto tempo mais será necessário para te esquecer? Quanto tempo mais terei de estar no mesmo sitio que tu e fingir que tudo está bem? Digo que está a passar ou que já passou, que já não me lembro dos nossos momentos, palavras trocadas, que não te amo e não sinto nada. Isso tira-me um peso de cima dos ombros, quase que me faz acreditar. Mas a verdade é que me lembro, lembro-me do primeiro beijo e do último, lembro-me de todos os pormenores, jantares, almoços no carro, passeios, presentes, discussões, sorrisos, abraços, aventuras, ... Poderia ficar aqui meses a escrever. E são estas memórias que me esmagam o coração, cada vez mais, a cada dia que passa. Até passar vou fingindo que tudo está bem. Até ao dia em que ficará tudo bem e que não terei mais de me mentir.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Apaixona-te por ...

Apaixona-te por alguém que te ligue as 2 da tarde a dizer que sente a tua falta, apaixona-te por alguém que te diga "estou à tua porta, tenho saudades tuas" invés de alguém que te diga que quem me dera estar contigo. Apaixona-te por alguém que assim que te vê ganha arrepios e que fica sem palavras para ter uma conversa. Apaixona-te por alguém que te ache linda até de robe ou gola alta, apaixona-te por alguém que ame todos os pormenores do teu corpo mesmo que aches que estás cheio de defeitos. Apaixona-te por alguém que quando está contigo abraça-te, beija-te, faz-te cocegas, pega-te ao colo e da-te a mão. Apaixona-te por alguém que faça as outras sentir inveja de ti invés de tu sentires inveja delas. Apaixona-te por alguém que te houve, e que te apoia e está do teu lado e que te diga quando as tuas atitudes não foram as mais correctas mas que não te julgue por isso. Apaixona-te por alguém que roube uma flor no meu meio de um passeio pelo parque para te oferecer. Apaixona-te por alguém que te faça soluçar de tanto rir. Apaixona-te por alguém que não te deixe quando estiveres em baixo, que te abrace e que fique lá contigo. Apaixona-te por alguém que te leve ao cinema, te leve a ver paisagens lindas. Apaixona-te por alguém que sabe onde te levar, que sabe te valorizar. Apaixona-te por alguém que te ache linda e sensual com o cabelo todo despenteado de manhã ao acordar. Apaixona-te por alguém que na altura do sexo olhe para ti e sorria, que te trate com carinho e gentileza. Apaixona-te por alguém que te veja como a princesa do reino dele. Apaixona-te por alguém que ature as tuas crise daquela fase do mês mais complicada em que te apetece mil e uma coisas. Apaixona-te por alguém que pensa num futuro contigo e trabalha para isso. Apaixona-te por alguém que não te troque por ninguém nem que te ponha de parte nunca. Apaixona-te por alguém que precise de ti para viver. Apaixona-te por alguém que te beije a testa e de seguida te abrace como se dissesse "fazes-me tão bem". Apaixona-te por alguém que não tenha duvidas quando te vê. Apaixona-te por alguém que veja a tua série preferida contigo, no sofá, agarradinhos. Apaixona-te por alguém que não diga muitas palavras, que não mande muitas mensagens de texto e que pessoalmente te prove com atitudes. Apaixona-te por alguém que ao meio do dia te envia uma fotografia para te fazer sorrir, ou por aquele que manda entregar um ramo de flores na tua secretária. Apaixona-te por aquele que de manhã sai para o trabalho e te deixa um bilhete a dizer "Bom dia minha princesa, amo-te". Apaixona-te por aquele que quando acorda, fica a ver-te dormir profundamente. Apaixona-te por aquele que se mete no banho contigo e te ajuda a lavar o cabelo. Apaixona-te por aquele que te adora ver com qualquer tipo de roupa. Apaixona-te por alguém que te ajude a levantar invés de cair. Apaixona-te por alguém que faça tudo para te ver sorrir.


JC

terça-feira, 19 de maio de 2015

Benfica - Acontecimentos

O meu clube mãe. Aquele por a qual o meu coração bate mais forte, o meu orgulho. Contudo, é vergonhoso o que tem acontecido desde domingo. Em relação ao policia que bateu naquele pai à frente dos filhos, se fosse em legitima defesa, sim esse policia tinha o dever de se defender, mas não foi o caso. Aquele pai jamais iria faltar ao respeito mesmo sabendo que estava com os seus filhos e pondo a vida deles em risco, aquele pai apenas estava preocupado com os seus. Em segundo lugar, o policia defende-se com "ele cuspiu-me" o que eu acho que é totalmente mentira e o que não foi isso que apareceu nas imagens. Eu vi o video e mais 14 mil pessoas o viram e se me cuspissem a primeira reacção que tinha talvez fosse limpar ou olhar primeiro para onde me cuspiu, sei lá. Mas ele não. Pôs logo mãos ao trabalho e o varão de aço. Contudo, o avô apenas tentava "controlar" a coisa e tentar parar com aquilo quando este levou dois murros na cara. Não me digam que este avô cuspiu também no Sr. guarda. Enfim, acho vergonhoso e muito triste ver que aqueles em quem mais devíamos de confiar para nos proteger, às vezes acabam por ser os que nos fazem pior. Estas crianças vão provavelmente ficar com este trauma para os restos das suas vidas sem ter havido necessidade disso. Este policia merece ser punido. Seja feita justiça.

~

"Ando perdida. Não sei o que quero. Não sei o que sinto. Não sei o que pensar ou o que fazer. Dentro de mim apenas existe uma enorme confusão. Oxalá me encontre um dia destes!"

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Mudar o blog parte 20476547

Bem, perdi as contas às vezes que mudei o blog ainda agora. Queria mudar o aspecto do blog mas não me decidia. Então pôs-me a inventar e o resultado é o que está à vista. Adorei o resultado final mas se bem me conheço, daqui a uma semana ou nem tanto já estou a mudar qualquer coisa. Enfim! Logo se verá. 

Beijinhos @

terça-feira, 5 de maio de 2015

dia-a-dia

O café está cheio de pessoas vazias. 
Silêncio, só a música se faz ouvir.
Lá fora no mundo, a mulher corre atrás do autocarro, pessoas saem sozinhas, o barulho dos escapos e motores dos carros invadem a estrada.
A criança espera que lhe seja concedido o dever de passagem na passadeira, o homem grita à janela para outro e o cão ladra no quintal. O azul do mundo torna-se cada vez mais escuro, frio!